Lendo o Manual de Auditor do Estado do Mato Grasso, encontrei um parágrafo referente a delegação de tarefas no setor público: “Zimmerman (apud Vela Bargues, 1992: 38), por meio de pesquisa realizada em governos municipais norte-americanos, durante 12 anos, concluiu que, quando um chefe delega uma atribuição a um subordinado, é quase certo que este não a executa segundo o interesse do chefe. Segundo esse autor, os problemas existem num governo entre os eleitos pelo voto populacional, os nomeados e os eleitores.”. Observe que a pesquisa foi publicada em 1992. No Livro “O Príncipe”, de Maquiavel (1469-1527), cita a mesma questão quando alerta aos príncipes o cuidado para a escolha dos ministros: “..., para que um príncipe possa conhecer o ministro, existe um método que não falha. Quando vires o ministro pensar mais em si do que em ti, e que em todas as ações procura o interesse próprio, podes concluir que este jamais será um bom ministro e nele nunca poderás confiar;”. Note que no setor público os interesses são fragmentados e divergentes enquando que no setor privado os interesses estão alinhados ao interesse do proprietário. Então o gestor público ao escolher seus auxiliares deve se ater a esta questão.
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